Hábitos alimentares podem se modificar dependendo do grupo em que se está inserido
Em todo processo de desenvolvimento, desde que erámos bebês, os exemplos de nossos pais nos serviram de modelo para aquisição de determinados comportamentos. Vemos o quanto é fundamental que tenhamos dados de comparação – pai – mãe – para que assim possamos escolher com qual temos mais afinidade, ou mesmo para assimilar valores, conceitos para seguirmos em nossa vida.
Afinal, quando jovens, isso acaba mudando um pouco, deixamos de seguir o que tivemos como referência desde então, para se identificar com o comportamento da turma que estamos inseridos, seja no colégio ou em algum outro grupo.
Nesse novo contexto em que a adolescência vai passando por transformações também está em jogo outras mudanças, pois começa a mudar o contorno corporal e também os aspectos sexuais de cada pessoa. Uma fase de descobrimento e de experimento, de como o corpo reage, as formas e contornos que vão adquirir, tudo isso vem alinhado com o processo alimentar e com genética familiar.
Alguns corpos serão mais magros, outros mais cheinhos, alguns com mais quadril, outros com abdômen mais saliente, e assim vai-se marcando as diferenças que de alguma forma determinam muitos aspectos importantes também da personalidade desses jovens.
Com essa fase a todo vapor, muitas meninas serão invejadas por seus corpos longilíneos e começa um desespero de querer também ter o corpo magro iguais as das amigas.
Até que ponto ter as amigas em forma serve como estímulo para se conseguir seguir uma dieta?
Acredito que para algumas mulheres pode sim servir de estímulo para perderem peso, mas em uma boa parcela dessas pessoas pode servir como um disparo para um rebaixamento da autoestima, já que para muitas que já tem um comportamento alimentar estabelecido dentro da rotina familiar, nem sempre conseguem mudar esse contexto, muitas vezes recorrendo a dietas mirabolantes para tentar perder ou manter um peso de forma inadequada.
Em outros momentos ocorre uma aceitação dessas diferenças onde essas mulheres se entregam a comodidade, simplesmente aceitando que são diferentes, não alcançando a motivação necessária para alcançar objetivo de se manterem magras.