Crianças obesas hospitalizados por certas doenças graves podem ter um risco maior de morrer do que os pacientes mais magras, segundo sugere um novo estudo de revisão. Embora os resultados sejam apenas sugestivos, foram adicionados, em artigo publicado no JAMA Pediatrics, esta semana, nas lista de riscos potenciais ligados à obesidade infantil Estudos anteriores haviam descoberto que as crianças obesas enfrentam taxas mais elevadas de alguns problemas de saúde a longo prazo, tais como diabetes tipo 2, pressão alta e asma. Também tendem a se tornar adultos obesos, com todas as consequências potenciais para a saúde que vêm com isso, incluindo aumento do risco de doenças cardíacas e certos cânceres. O estudo sugere que a obesidade infantil esteja ligada a mais riscos do que se conhece, não só a longo prazo, mas também a curto prazo. Os pesquisadores dizem que o estudo tinha uma série de limitações e não há como afirmar que realmente haja uma associação entre obesidade e o risco de crianças doentes seriamente de morrer. Seriam necessárias mais pesquisas. Caso seja comprovada esta associação, suas implicações são significativas, levando-se em conta que, só nos EUA, 17% das crianças e adolescentes são obesos. As conclusões foram baseadas em dados de 28 estudos anteriores de crianças com idades entre 2 a 18 anos que foram hospitalizados por vários motivos. Vinte e um estudos analisaram o risco infantil de morrer, e metade deles descobriram que, para crianças com doenças graves, a obesidade foi associada a um risco aumentado de morte. Além do risco aumentado de morte, em alguns relatórios, um par de estudos também descobriu que as crianças obesas geralmente tinham um período de internação mais longo. Nenhuma ligação clara foi estabelecida entre a obesidade e risco de contrair uma infecção hospitalar. Uma das limitações do estudo, segundo alguns especialistas, é que ele é retrospectivo, o que significa que os pesquisadores tiveram de trabalhar com registros que poderiam não ter muita informação importante. Por outro lado, estudos prospectivos trariam evidências mais fortes sobre essa possível associação. Com os estudos realizados até o momento, não há evidências científicas suficientes para afirmar que realmente haja tal associação. Mais informações: http://archpedi.jamanetwork.com/article.aspx?artic |