Você opera o estômago e não a cabeça

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Texto de Daiane Mendes

A cirurgia bariátrica,ou redução de estômago é conhecida como um refúgio dos gordinhos em busca do grande sonho, mas tudo tem a sua  conseqüência.

Depois do sonho realizado, deparamos com a pós-cirurgia  a conseqüência e os problemas que ela traz . Não seguir as regras impostas pelo médico pode trazer sérios riscos a saúde, além de comprometer o sucesso da cirurgia.

Se você pensa em operar, meu único conselho é: informe-se. Aprenda tudo que puder, pergunte tudo que quiser e tire as suas dúvidas de uma vez, pois depois da gastroplastia pode ser tarde demais.

Em entrevista com especialista Luciana Kotaka podemos esclarecer algumas dúvidas sobre esse transtorno na cabeça.

Daiane Mendes – Como você analisa a forma de pensar do indivíduo que fez a cirurgia bariátrica?

Luciana Kotaka – Cada indivíduo é único , pois seu referencial de vida se constrói em cima de sua criação , valores familiares , crenças. Em função dessa individualidade , cada candidato a cirurgia bariátrica irá reagir de forma diferente ao processo cirúrgico.

Quem se candidata a cirurgia bariátrica tem o pensamento e o comportamento gordo, isto é, a comida tem um “gosto”a mais do que para a grande maioria das pessoas.

Em função dessa forma de lidar com a comida chegam a pesar mais de 100 kilos, e acabam por optarem pela forma mais “simples” de perder peso. O que se verifica na prática, é que mesmo estando esclarecido sobre as mudanças que devem advir pós cirurgia, eles negam a verdadeira mudança a ser praticada, e acreditam que o método em si poderá mudar sua relação com alimentação. Como se um corte real fosse capaz fazê-lo sentir menos fome, evitando a compulsão, porém a realidade se mostra diferente do imaginário, quando aos poucos começam a se alimentar normalmente no pós cirúrgico.

Daiane Mendes – Porque ainda muitos ex-gordinhos pensam e agem como obesos, e conseqüentemente acabam abusando na comida?

Luciana Kotaka – A cirurgia não se dá na cabeça, existem outros fatores psicológicos que influenciam nesse processo da fome, ou mesmo na vontade de comer. Em função desses outros fatores que levam as pessoas a abusarem da comida, que o acompanhamento psicológico se faz necessário muito tempo antes da cirurgia. Porém esse fato é descartado, e só procuram ajuda do profissional após sentirem os efeitos que a má alimentação provoca, quando experimenta alimentos que organismo não aceita.

Existem vários casos de pacientes que chegam a serem internados em função do abuso alimentar , colocando a própria vida em risco.

Psicóloga e especialista

 

em transtornos alimentares,

 

Luciana Kotaka

Giza

 

30 anos,estudante,

 

São Paulo,Sp

“Sou operada bariátrica há quase 8 anos, meu pós operatório foi diferente .Eu fiquei um mês na fase liquida, um mês na pastosa e mais importante um mês me adaptando com alimentos sólidos, eu sempre brinco que é como renascer… passamos por todas as fases de volta… principalmente com a adaptação dos sabores. Deixei de comer algumas coisas porque não me adaptei mais e não sinto falta.

A cirurgia não é um milagre por isso precisa de cuidados, ela nos dá o poder de perdemos 30% por cento do nosso peso excedente e cabe a nós perdemos o resto.

Eu perdi muito mais que os 30% por cento…. e mesmo assim na faculdade algumas pessoas achavam que eu era gorda e por ai vai…. e com o estresse acabei engordado e desenvolvi uma bulimia… quando estou nervosa, estressada, ou o alimento é mais duro ou muito pastoso eu vomito…. e tenho feito isso diariamente e não é legal, meu conselho é que cuidem pra isso não acontecer.

Como não pude comer  comida salgada por ter  desmaios comecei a comer doce. Hoje sem o estresse já voltei ao “normal” e estou colocando minha alimentação em dia. Meninas as futuras operadas tenham sucesso nas suas cirurgias  e não esqueçam que  a operação  não um milagre, é muito importante ter em mente o que você quer”.

Joyce Ferreira Lima

 

28 anos,assistente administrativo

 

São Paulo,Sp

Simplesmente o fato de não ter mais o que recorrer, e ter chegado infelizmente ao ponto de pesar 165 kilos e para uma pessoa como eu com a altura de apenas 1,60 é muito peso… Comecei a ter problemas de hipertensão, sempre sofri com falta de ar… e isso estava me deixando cada dia mais depressiva, cheguei a tomar calmantes faixa preta e na veia no próprio hospital por medo e mal estar que eu sempre sofria…

Sempre sofri com preconceito, hoje eu descobri o lado mal do ser humano, infelizmente tem muita gente má nesse mundo, já cheguei a ver pessoas olhando para mim e fazendo o sinal da cruz, como se eu fosse um monstro, isso foi horrível e só me deu mais força para correr atrás dos meus objetivos e mudar de vida.

Hoje graças a Deus, sou uma pessoa muito feliz.
Estou realizada e chego á minha meta com força e determinação e principalmente a ajuda de DEUS!

Fontes:Google,blog Gordinhas Assumidades,Psicóloga e especialista Luciana Kotaka.

Comentários
  • Luális Rosa

    Bom dia Luciana, ando afastada da bloguesfera por que meu computador pifou, mas sempre que posso dou uma passadinha por aqui… Só não consigo deixar comentários. Hehehe!
    É as vezes eu acho que eu preciso é de uma cirurgia na cabeça mesmo… E o livro já está quase saindo do forno?
    Beijos

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