Comportamentos podem ser alterados quando nos dispomos a enfrentá-los
Por Luciana Kotaka
Comer é um ato de extremo prazer para muitas pessoas, um processo que envolve vários sentidos, como olfato, paladar, visão e para alguns até o barulho de alguns alimentos crocantes chama a atenção e pode estimular o maior consumo de determinados alimentos. Em outras pessoas lembra momentos de família: o bolo da vovó, a lasanha da mãe, momentos de alegria, de festa e de união.
Esses comportamentos podem variar de pessoa para pessoa gerando até ciclos de compulsão, culpa e mal-estar depois do exagero. Mas por que é tão difícil comer somente para saciar nossa fome?
Segundo Kotaka e Tamanini no livro “Comportamento Magro com Saúde e Prazer”, as pessoas têm fome sim, mas de carinho, afeto, beijos, colo, amizade, calor, satisfação, companhia, prazer. Sim, temos necessidade de coisas ou situações que nos dão segurança, conforto e aumentam a nossa autoestima.
Desta forma fica claro que comer não é somente um ato fisiológico que fazemos quando sentimos necessidade de repor nutrientes e energia, mas sim como forma de aplacar emoções e sentimentos que promovam uma sensação de prazer intenso.
Isso acontece se pensarmos nos bebês quando mamam que recebem o calor da mãe e se sentem aconchegados com o leite chegando na temperatura certa, proporcionando um prazer muito grande. Assim ligamos diretamente comida com tranquilidade e conforto a momentos de extrema felicidade.
Evite comer para suprir a carência
Veja algumas dicas para serem colocadas em prática nos momentos de carência afetiva e que podem aliviar o comportamento de compensação nos alimentos:
– Aprender a identificar esse gatilho emocional que desencadeia o comer para combater a carência;
– Uma vez detectado, faça trocas saudáveis para não correr o risco de ganhar peso como, por exemplo: comer uma fruta, uma salada, uma porção de oleaginosas;
– Recorrer a um amigo ou mesmo a alguém da família para conversar e expor o que está sentindo nesse momento;
– Sair para caminhar em um parque ou mesmo convidar alguns amigos para sair ou conversar pode ser uma tática extremamente prazerosa;
– Procurar ajuda de um profissional da área de psicologia para trabalhar esse aspecto de sua vida que a está deixando entristecida, que a faz se sentir sozinha;
– Matricular-se em atividades que favoreçam ampliar o círculo de amizades, desta forma poderá se sentir mais acolhida;
– Refletir a situação vivenciada para detectar porquê o sentimento de carência está tão forte;
– Verificar que áreas de sua vida estão precisando ser modificadas, pois um trabalho que está ruim ou mesmo um relacionamento que não está sendo produtivo pode levar a sentimentos de insatisfação e solidão, mesmo vivendo a dois.
Quando paramos para pensar nos aspectos importantes de nossa vida, fica claro quais são os gatilhos que nos levam a comer por carência afetiva, permitindo assim uma mudança de comportamento.
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