Médicos do Reino Unido querem ações mais eficazes contra a epidemia da obesidade

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Maior taxação sobre bebidas adoçadas com açúcar, resultando em um aumento de 20% sobre o custo, restrição a abertura de fast foods próximos a escolas, proibição de alimentos pouco saudáveis disponíveis em máquinas nos hospitais, aumento no número de cirurgias bariátricas  são algumas das propostas dos médicos da Grã-Bretanha para evitar uma crise de obesidade no país se torne insolúvel.

A Academy of Medical Royal Colleges tem procurado chamar a atenção das autoridades políticas e de saúde, das empresas de alimentos e da sociedade como um todo para a necessidade de mudanças no comportamento para quebrar o cliclo de geração após geração vítima do aumento da obesidade e de doenças relacionadas.

Em um relatório publicado a Academia critica tentativas dos governos anteriores e atuais para combater a obesidade, chamando-as de “fragmentadas, decepcionantes e ineficazes”, e ainda lamentavelmente inadequadas dada a escala do problema, lembrando que um a cada quatro adultos na Inglaterra é obeso. A previsão é que a obesidade naquele país atinja 60% dos homens, 50% das mulheres e 25% das crianças até 2050.

Na sequência, a Academia elaborou um plano de ação. Segundo o presidente da Academy Of Medical Royal Colleges, professor Terence Stephenson, não se pretende oferecer uma solução completa para a obesidade, mas um começo para que o problema se torne ainda pior, de forma que não se tenha mais como lidar com ele. Hoje, a obesidade já consome R $ 5,1 bilhões do sistema de saúde anualmente.
Mais uma vez, os especialistas comparam a necessidade de uma campanha pelo combate aos hábitos que levam à obesidade com as campanhas antifumo, com o mesmo objetivo de persuadir a sociedade a mudanças de hábitos arraigados. Seguindo essa linha, a Academia quer um aumento dramático nos esforços anti-obesidade.

Entre as recomendações para acabar com o que chama de “ambiente obesogênico” incluem:

– Proibição da publicidade de alimentos ricos em gordura saturada, açúcar e sal antes 21h
– Impostos adicionais sobre bebidas açucaradas para aumentar os preços em pelo menos 20%, que poderiam ser revertidos para investimento em programas para perda de peso
– Redução na lojas de fast food perto de escolas e centros de lazer
– Orçamento de R $ 100 milhões para intervenções, como a perda de peso por meio de cirurgia bariátrica
– Proibição de junk food ou máquinas de venda automática em hospitais, onde todos os alimentos devem atender aos mesmos padrões nutricionais, como em escolas
– Os rótulos dos alimentos devem incluir informações de calorias para crianças
– Uma expansão de cirurgia bariátrica para obesidade mais grave
– Visitas periódicas de agendes de saúde para aconselhar os novos pais sobre como alimentar seus filhos adequadamente
– Oferta de alimentos saudáveis nas cantinas das escolas, incluindo academias e escolas livres

http://www.abeso.org.br/lenoticia/975/medicos-do-reino-unido-querem-ac%C3%B5es-mais-eficazes-contra-a-epidemia-da-obesidade.shtml

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